A cirurgia refrativa é uma solução eficaz e segura para quem deseja se livrar dos óculos ou das lentes de contato. Dentre as técnicas mais conhecidas, LASIK e PRK se destacam por sua alta taxa de sucesso e ampla indicação. Mas, afinal, LASIK ou PRK: qual é melhor para o seu caso?
Ainda que tenham o mesmo objetivo, corrigir problemas refrativos como miopia, hipermetropia e astigmatismo, elas apresentam diferenças importantes no modo de execução, tempo de recuperação, conforto no pós-operatório e perfil ideal de paciente.
Neste artigo, você vai entender como cada técnica funciona, conhecer as suas principais diferenças e descobrir qual delas pode ser a mais adequada para você.
Fique tranquilo, o conteúdo é baseado em diretrizes oftalmológicas para que você possa ter acesso a informações confiáveis e seguras acerca do procedimento. Aproveite o artigo e decida de uma vez por todas se irá realizar a cirurgia LASIK ou PRK.
O que é a cirurgia LASIK?

A cirurgia LASIK é uma das técnicas mais populares e utilizadas na correção da visão a laser. O procedimento consiste na criação de um flap na camada superficial da córnea, com a ajuda de um microcerátomo ou laser de femtossegundo. Logo depois, o laser excimer remodela o tecido corneano, corrigindo a curvatura da córnea, e o flap é reposicionado.
É um procedimento rápido, indolor e com recuperação visual muito rápida. A maioria dos pacientes já nota a melhora no dia seguinte à cirurgia. Por essas características, o LASIK costuma ser indicado para pessoas com córnea de espessura adequada e grau estável.
De acordo com uma pesquisa realizada pela American Academy of Ophthalmology (AAO), o LASIK representa uma taxa elevada de satisfação, com mais de 95% dos pacientes alcançando visão de 20/40 ou melhor após o procedimento.
O que é a cirurgia PRK?
A técnica PRK foi a primeira cirurgia refrativa a laser aprovada e ainda é amplamente utilizada, especialmente em casos nos quais o LASIK não é indicado. Diferente do LASIK, o PRK não exige a criação de um flap na córnea.
No lugar disso, a camada epitelial (superficial) da córnea é removida e o laser é aplicado de forma direta sobre a superfície corneana para remodelar sua curvatura. O epitélio se regenera naturalmente nos dias seguintes.
De acordo com um artigo publicado no Journal of Refractive Surgery, os resultados visuais a longo prazo são muito semelhantes ao LASIK, mas o tempo de reabilitação visual é um pouco mais demorado.
Principais diferenças entre LASIK e PRK
Logo abaixo, você confere uma tabela comparativa que resume as principais diferenças entre LASIK e PRK, considerando aspectos como tempo de recuperação, conforto, indicações, custo médio e riscos:
Critério | LASIK | PRK |
Técnica | Criação de flap na córnea | Sem flap; remoção do epitélio corneano |
Tempo de recuperação | Rápido (1 a 3 dias para melhora inicial) | Mais lento (5 a 7 dias para melhora inicial) |
Conforto pós-operatório | Maior conforto, menos dor | Maior desconforto nos primeiros dias |
Estabilização da visão | Até 1 semana | Pode levar de 2 a 4 semanas |
Indicação ideal | Córneas espessas, estilo de vida menos exposto a trauma ocular | Córneas finas, atletas ou profissões de risco ocular |
Custo médio | Geralmente mais alto | Costuma ser mais acessível |
Critérios que o oftalmologista avalia na escolha da técnica

A escolha entre LASIK ou PRK não deve ser feita apenas levando em consideração a recuperação ou o desconforto. O oftalmologista realiza uma avaliação detalhada que envolve uma série de fatores, como:
- Espessura da córnea: o LASIK exige uma espessura mínima para criar o flap, enquanto o PRK é indicado para córneas mais finas;
- Grau de miopia, hipermetropia ou astigmatismo: alguns graus mais elevados podem ter indicação mais favorável em uma técnica específica;
- Estilo de vida do paciente: quem pratica esportes de contato ou atividades com risco de trauma ocular geralmente é orientado a optar pelo PRK, pois não envolve flap;
- Condições oculares pré-existentes: presença de olho seco, irregularidades na córnea ou histórico de doenças oculares podem influenciar na escolha;
- Expectativa de retorno às atividades: pacientes que precisam retomar a rotina rapidamente podem ser candidatos mais apropriados ao LASIK, pela recuperação visual mais rápida.
Cada caso é único, e somente uma consulta com um oftalmologista especializado poderá definir a melhor opção com segurança.
Benefícios e desvantagens de cada uma
Na hora de pensar sobre LASIK ou PRK, também é importante lembrar dos seus benefícios e de suas desvantagens. Veja, logo abaixo, quais são os pontos que envolvem cada um dos procedimentos.
Vantagens e desvantagens: LASIK
Dentre as vantagens, temos:
- Recuperação visual rápida, em cerca de 24h;
- Pouco desconforto no pós-operatório;
- Alta taxa de satisfação;
- Possibilidade de retorno ao trabalho em poucos dias.
Dentre as desvantagens, temos:
- Não indicado para córneas finas;
- Pode agravar casos de olho seco pré-existente.
Vantagens e desvantagens: PRK
Dentre as vantagens, temos:
- Indicado para córneas finas ou pacientes com risco de trauma ocular;
- Técnica mais antiga e consolidada;
- Sem risco de complicações relacionadas ao flap.
Dentre as desvantagens, temos:
- Pós-operatório mais desconfortável;
- Visão pode demorar até 1 mês para estabilizar;
- Recuperação total mais lenta.
Recuperação: o que muda entre LASIK e PRK?

A recuperação pós LASIK costuma ser mais rápida e confortável. A maioria dos pacientes já nota melhora na visão entre 24h e 48h, podendo retomar atividades leves em até 3 dias. O desconforto é mínimo, e colírios lubrificantes ajudam no alívio de sintomas como leve ardência ou olho seco.
Já a recuperação pós PRK é mais gradual. O paciente pode sentir dor ou ardência intensa nos primeiros 2 a 3 dias, e a melhora visual acontece progressivamente ao longo de até 4 semanas. O uso de lente terapêutica, colírios e repouso são fundamentais nesse período.
Veja como funciona a recuperação da cirurgia refrativa
Qual escolher: LASIK ou PRK?
A resposta para a pergunta: “LASIK ou PRK: qual é melhor para o meu caso?” depende de uma análise médica individualizada. Ambos os métodos são eficazes, seguros e aprovados por órgãos de referência, mas apresentam diferenças significativas em termos de técnica, perfil ideal de paciente e recuperação.
Entender as características de cada procedimento ajuda o paciente a participar de forma ativa e consciente na decisão, alinhando expectativas e esclarecendo dúvidas antes da cirurgia.
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