Miopia e astigmatismo têm cura? Essa é uma dúvida frequente entre pessoas que enfrentam dificuldades para enxergar com clareza, seja ao tentar focar objetos distantes ou ao perceber imagens distorcidas.
Essas condições, classificadas como erros refrativos, afetam milhões de indivíduos globalmente, impactando desde tarefas cotidianas, como ler placas de trânsito, até atividades profissionais, por conta da dificuldade que elas causam.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo têm miopia, com projeções indicando um aumento para 5 bilhões até 2050, enquanto o astigmatismo também é prevalente, especialmente em populações urbanas.
Este conteúdo vai esclarecer as suas dúvidas sobre miopia e astigmatismo e orientar sobre as melhores opções para lidar com ambos. Se você busca respostas para melhorar a sua visão e viver com mais conforto, continue a leitura e encontre mais detalhes.
Miopia e astigmatismo: o que são e como afetam a visão

Miopia e astigmatismo são erros refrativos que comprometem a capacidade do olho de focalizar a luz corretamente na retina, resultando em visão embaçada ou distorcida. Essas condições decorrem de alterações na forma do globo ocular, da córnea ou do cristalino, afetando como a luz é refratada.
O que é miopia?
A miopia ocorre quando o globo ocular é mais longo que o normal ou a córnea é excessivamente curva, fazendo com que a luz se concentre antes de atingir a retina. Isso resulta em dificuldade para enxergar objetos distantes, enquanto a visão de perto permanece clara.
Segundo o National Eye Institute, a miopia afeta cerca de 30% a 40% da população em países desenvolvidos, com maior prevalência em áreas urbanas devido a fatores como exposição prolongada a telas e pouca luz natural.
- Saiba mais em: Miopia, hipermetropia e astigmatismo
O que é astigmatismo?
O astigmatismo é causado por uma curvatura irregular da córnea ou do cristalino, que impede a luz de ser focada uniformemente na retina, resultando em visão distorcida ou embaçada em todas as distâncias. Pacientes com astigmatismo podem perceber linhas retas como onduladas ou ter dificuldade em distinguir detalhes finos.
Estudos indicam que até 30% da população mundial apresenta algum grau de astigmatismo, frequentemente associado à miopia ou hipermetropia. Essa condição pode causar desconforto visual, como cansaço ocular e dificuldade em atividades que exigem foco prolongado.
Miopia e astigmatismo têm cura?
A pergunta “miopia e astigmatismo têm cura?” é complexa, pois depende do que se entende por “cura”. Não existe cura espontânea para essas condições, ou seja, sem intervenção, miopia e astigmatismo não desaparecem naturalmente, pois são causados por alterações anatômicas no olho.
No entanto, tratamentos definitivos, como cirurgias refrativas, podem corrigir permanentemente os erros refrativos, eliminando ou reduzindo significativamente a dependência de óculos ou lentes de contato.
Cirurgias como LASIK e PRK remodelam a córnea para corrigir a refração da luz, enquanto implantes de lentes intraoculares são opções para casos mais graves ou quando a cirurgia a laser não é indicada. Esses procedimentos, realizados por oftalmologistas especializados, oferecem uma solução próxima do que muitos consideram uma “cura”.
Tratamentos com óculos e lentes de contato

Óculos e lentes de contato são as soluções mais comuns e acessíveis para corrigir miopia e astigmatismo, mas não oferecem uma cura definitiva, pois apenas compensam os erros refrativos sem alterar a estrutura do olho. Óculos com lentes corretivas ajustam o foco da luz na retina, proporcionando visão nítida para objetos distantes ou corrigindo distorções.
Lentes de contato, sejam gelatinosas ou rígidas, oferecem o mesmo efeito, com a vantagem de maior liberdade de movimento e campo visual. De acordo com uma pesquisa, cerca de 85% dos pacientes com erros refrativos utilizam óculos ou lentes de contato como principal forma de correção.
Embora eficazes, ambas as opções são paliativas, exigindo uso contínuo e atualizações periódicas devido à possível progressão dos erros refrativos, especialmente na miopia durante a infância e adolescência.
Para aqueles que buscam independência dessas soluções, tratamentos cirúrgicos ou outras terapias podem ser mais indicados.
Cirurgia refrativa: a principal solução definitiva
Cirurgias refrativas representam a principal opção para uma correção definitiva de miopia e astigmatismo, permitindo que muitos pacientes eliminem ou reduzam significativamente a dependência de óculos e lentes de contato.
Essas intervenções utilizam tecnologias avançadas, como laser, para remodelar a córnea e corrigir a forma como a luz é focalizada na retina. Técnicas como LASIK, PRK e SMILE são amplamente utilizadas, com altas taxas de sucesso.
LASIK
O LASIK é a cirurgia refrativa mais comum, utilizando um laser para criar uma fina camada na córnea, que é levantada para remodelar o tecido subjacente. O procedimento é rápido, com recuperação em cerca de 24 a 48 horas, e corrige miopia até -12 graus e astigmatismo até 6 graus.
PRK
A PRK é indicada para pacientes com córneas mais finas. Nesse procedimento, a camada externa da córnea é removida antes da aplicação do laser. Embora a recuperação seja mais lenta (cerca de uma semana), a PRK oferece resultados semelhantes ao LASIK, sendo ideal para casos de miopia leve a moderada e astigmatismo.
SMILE
O SMILE é uma técnica mais recente e minimamente invasiva, que utiliza um laser de femtosegundo para criar uma pequena lente na córnea, removida por uma incisão de 2 a 4 milímetros. Indicado para miopia e astigmatismo, o SMILE oferece recuperação rápida e menor risco de olho seco em comparação ao LASIK.
Quem pode fazer cirurgia refrativa
Nem todos os pacientes com miopia e astigmatismo são candidatos ideais para cirurgias refrativas, pois critérios específicos garantem a segurança e a eficácia do procedimento. Uma avaliação detalhada por um oftalmologista especializado é essencial para determinar a elegibilidade.
Dentre os principais critérios, temos:
- Idade mínima: geralmente, é necessário ter pelo menos 18 anos, mas a faixa ideal é acima de 21 anos, quando a visão tende a estar mais estabilizada.
- Grau estável: o grau de miopia ou astigmatismo deve estar estável por pelo menos 12 meses, sem alterações significativas, para garantir resultados duradouros.
- Ausência de doenças oculares: condições como ceratocone, glaucoma, catarata ou infecções oculares ativas contraindicam a cirurgia, pois podem comprometer a segurança do procedimento.
- Espessura corneal adequada: a córnea deve ter espessura suficiente para suportar a remodelação, avaliada por exames como paquimetria.
- Saúde geral: pacientes com doenças autoimunes descontroladas ou diabetes não estabilizado podem não ser elegíveis devido ao risco de cicatrização comprometida.
- Ausência de gravidez ou amamentação: alterações hormonais podem afetar a estabilidade do grau, sendo necessário aguardar alguns meses após esses períodos.
Você também pode encontrar mais informações neste artigo: “Cirurgia para eliminar o uso de óculos: como funciona e quem pode fazer?”
Por que buscar um oftalmologista?

Procurar uma avaliação especializada o quanto antes é crucial para quem deseja saber se miopia e astigmatismo têm cura por meio de tratamentos definitivos. A detecção precoce de condições que possam contraindicar a cirurgia, como ceratocone, ou a identificação de graus instáveis pode evitar complicações e otimizar resultados.
Além disso, o tratamento precoce pode melhorar a qualidade de vida, reduzindo o impacto de sintomas como dores de cabeça e cansaço visual.
O HCO se destaca como referência na avaliação e tratamento de miopia e astigmatismo. Com uma equipe de especialistas experientes e tecnologia de ponta, como laser de femtosegundo e sistemas de mapeamento corneal de alta precisão, oferecemos diagnósticos individualizados que garantem segurança e eficácia. Se você quer saber se é candidato a uma cirurgia refrativa ou busca entender as melhores opções para a sua visão, agende a sua consulta!